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Legado e Reconhecimento: lições do Homem Bicentenário para o esporte

  • Foto do escritor: Carolina Ribeiro Lopes Ferrer
    Carolina Ribeiro Lopes Ferrer
  • 1 de out.
  • 1 min de leitura

Em O Homem Bicentenário, Isaac Asimov nos apresenta Andrew, um robô que passa dois séculos em busca de ser reconhecido como humano. Ele cria, ama, sofre, reflete. Mas só alcança esse reconhecimento quando decide abdicar da imortalidade: é na morte que conquista, finalmente, sua humanidade.

Essa escolha toca no coração do que significa viver. A vida só faz sentido porque tem fim. É a finitude que dá peso às nossas escolhas e torna cada gesto irrepetível.

No esporte, há um paralelo inevitável. A carreira do atleta também é marcada pela finitude: chega o momento da última corrida, do último jogo, da última luta. Mas, assim como Andrew, o que realmente importa não é apenas a performance, e sim o legado deixado para além do tempo dentro de campo.

Essa dimensão ganha ainda mais força quando pensamos nos atletas negros ao longo da história. Muitos não precisaram apenas correr, jogar ou lutar — precisaram provar sua humanidade em espaços onde eram vistos como corpos, não como pessoas plenas. Seus feitos não se limitaram a vitórias esportivas, mas à transformação da forma como o mundo enxerga dignidade, pertencimento e igualdade.

O verdadeiro triunfo, então, não está só no placar. Está em ser lembrado como alguém que abriu caminho, que mudou narrativas, que ampliou o espaço de reconhecimento para todos que vieram depois.

Assim como Andrew nos mostra que a humanidade está além da biologia, o esporte nos ensina que o valor de um atleta vai além do corpo em performance. A finitude é inevitável — mas é justamente ela que nos convida a pensar em legado, em impacto e em humanidade.

 
 
 

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